1 – Perfuração
A perfuração consiste em cravar a haste de perfuração com
a hélice no terreno, por rotação, por meio de torque apropriado do equipamento
para vencer a sua resistência. Para evitar que durante a introdução da haste
com o trado haja entrada de solo ou água no interior da haste tubular, existe,
em sua extremidade inferior, uma tampa metálica provisória, que é expulsa ao
início da fase de concretagem.
O avanço é sempre inferior a um passo por giro e a
relação entre avanço e a rotação decresce ao aumentarem as características
mecânicas do terreno. A metodologia de perfuração permite a sua execução em
terrenos coesivos e arenosos, na presença ou não do lençol freático e atravessa
camadas de sólos resistentes com índice de SPT de 30g a mais de 50g dependendo
do tipo de equipamento utilizado. A velocidade de perfuração produz em média
250m de estaca por dia dependendo do diâmetro, da profundidade, da resistência
do terreno e principalmente do fornecimento contínuo do concreto.
2 – Concretagem
Alcançada a profundidade desejada, sempre determinada por
processos estáticos em função das sondagens executadas no local da obra, a
haste para de girar e o concreto é bombeado através do tubo central,
preenchendo simultaneamente a cavidade deixada pela hélice, que é extraída do
terreno sem girar por intermédio da ajuda do guindaste.
O preenchimento da estaca com concreto é normalmente
executado até a superfície do terreno. As operações de introdução do trado no
sólo (perfuração) e a concretagem ocorrem de maneira contínua e ininterrupta de
tal sorte que as paredes onde se formará a estaca estão sempre suportadas;
acima da ponta da hélice, pelo sólo que se encontra entre as pás da hélice e
abaixo da ponta da hélice, pelo concreto que esta sendo bombeado, sempre com
pressão positiva, para evitar descontinuidade do fuste. À medida que o trado
vai sendo retirado do sólo, um limpador mecânico remove o sólo confinado entre as
pás da hélice, e uma pá carregadeira remove esse sólo para fora da área da
execução da estaca para permitir a colocação da armadura.
3 – Colocação da armadura na Estaca
O método executivo da estaca hélice contínua exige a
colocação da armadura após o término da concretagem do fuste da estaca. A
armadura, em forma de gaiola, é introduzida na estaca por gravidade sendo
empurrada pelos operários ou com auxílio de um pilão de pequena carga ou de
vibrador. As estacas submetidas apenas a esforço de compreensão levam uma
armadura no seu topo, em geral variando entre 4,00m e 6,00m de comprimento.
Esta armadura visa a proporcionar uma perfeita ligação entre a estaca e o bloco
de coroamento das , ou seja, com a estrutura. Uma outra finalidade desta
armadura no trecho superior é a de garantir sua integridade estrutural, na fase
de escavação para a execução dos blocos que geralmente é feito com auxílio de
escavadeiras mecânicas que batem nas estacas durante sua operação, por mais
cuidadoso que seja o operador.
Para as estacas submetidas à ação de esforços horizontais
e momentos fletores, no seu topo; o comprimento da armadura deve abranger todo
o trecho do fuste da estaca onde atua o diagrama do momento. Neste caso para a
eficiência da instalação da armadura, a mesma deve ser, convenientemente
enrijecida dotada de barras grossas e a espira helicoidal devidamente amarrada
e soldada nas barras longitudinais.